segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sequência

Sábado teve festinha para comemorar o aniversário de um brother e mais quatro amigos dele. Público bem diferente daquele que eu costumo tocar. Landscape é meio jogo ganho né, a gente já sabe o que dá certo e o que dá errado na maioria das vezes. Nesse convescote, Bode Velho e Leandro Galvão me antecederam nas pick-ups. Cada um no seu metier, acabou comigo a missão de agradar o público feminino presente à festa. Como se isso fosse um grande sacrifício... Deixei claro que não tocaria funk nem axé, mas que rolariam algumas baixarias. Olhando os dois sets, de 45 minutos cada, acho que dava até para rolar uma Landscape. A primeira ficou bem mais pop, rolou até Britney e Justin Timberlake. A segunda, já no fim da festa, foi bem rock clássico, com três exceções no meio.

1ª sequência:
Katy Perry - Hot 'n cold
Elvis x JXL - A little less conversation
James Brown x Prince - Sex kiss machine
Madonna - Hung up
Michael Jackson - Thriller
Amy Winehouse - Rehab
Britney Spears - Toxic
Justin Timberlake - Sexyback
Cake - I will survive
Killers - Mr. Brightside
MGMT - Kids
The Ting Tings - Great dj

2ª sequência
Johnny Cash - Folsom prison blues (live)
Beach Boys - Wouldn't it be nice
Beatles - Yellow submarine
Rolling Stones - Satisfaction
Jackson 5 - I want you back
Teenage Fanclub - Like a virgin
Michael Jackson - Billie Jean
The Wonders - That thing you do
Kiss - Rock'n roll all nite
AC/DC - Jailbreak
Creedance Clearwater Revival - Fortunate son
Bill Medley - (I've had) The time of my life

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Rob Flemming/Gordon

Depois de um bom tempo, voltei a ter ideias para atualizar o blog. É engraçado, mas parece que a gente é movido por razões obscuras. Desta vez, um fim de semana ilhado em casa, sem poder sair por conta de uma gripe que seria pior caso não ficasse de quarentena. Aí, na madruagada de domingo, enquanto tomava banho, comecei a matutar sobre um novo top 5, um que serviria para tirar as teias de aranha impregnadas por aqui e que aliasse minhas duas grandes paixões artísticas: cinema e música. O desafio era fugir do senso comum, mas sem deixar de lado todas as coisas que eu gosto. Acabei formulando cinco melhores cenas embaladas por música. O nome é grande, eu sei. Só que é simples... são aquelas cenas que sem a música não funcionariam. Neste quesito, ninguém bate Tarantino. Como sempre, farei em ordem alfabética, pelo nome do filme.

1- Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's day off, 1986)
Beatles - Twist and shout



A cena, pra mim, é a mais determinante no filme, a que faz valer o título em português. Lá está Ferris Bueller, o rapaz que inventou a maior artimanha para matar um dia de aula com a namorada e o melhor amigo, em cima de um carro alegórico na parada do German American Appreciation Day. Não dá para esquecer o pai dele dançando no escritório, a turma fazendo a coerografia de Thriller, do Michael Jackson... Enfim, a cena simboliza toda a festa daquele dia em que Ferris decidiu matar aula! Foi por causa do filme que eu comecei a gostar de Beatles, que eu fazia minha irmã ligar para a rádio Atlântida, lá em Florianópolis, pedindo que tocassem Twist and shout, música que Ferris canta em cima do carro. Apesar de ouvi-la repetidamente por anos e anos e anos, até hoje não enjoei. Já tive várias fases da banda, mas taí uma canção que eu não deixo de lado. Ah, pra mim, Curtindo a vida adoidado é um dos melhores filmes de adolescentes de todos os tempos (hum, mais uma ideia para um top 5).

2- Matrix (The Matrix, 1999)
Rage Against The Machine - Wake up



Sim, eu sou fã incondicional do que o Bode Velho afirma ser o filme mais superestimado de todos os tempos. Eu gosto de todas as coisas envolvendo Matrix, da pseudo filosofia aos efeitos especiais então revolucionários (olha o bullet time aí). O casamento aqui é diferente. A música funciona como uma extensão da última cena. Lá está Neo numa ligação, dizendo que vai fazer de tudo para acabar com a Matrix. Quando ele sai da cabine telefônica, os primeiros acordes furiosos de Wake up estouram os ouvidos mais incautos. A música tem o mesmo objetivo que Neo. Quer que as pessoas acordem, que elas tenham mais consciência no dia a dia. Final perfeito para um dos melhores filmes dos anos 1990.

3- À prova de morte (Death proof, 2007)
The Coasters - Down in Mexico



Nenhum cineasta contemporâneo tem a mesma capacidade que Quentin Tarantino para encontrar pérolas esquecidas da música no mundo, colocar em seus filmes e transformar as trilhas sonoras em objetos cult. Ou até mesmo reviver e colocar no mainstream gente que nunca esteve lá, como Dick Dale após Pulp fiction. Tarantino já disse que um dos seus passatempos é ficar mexendo na sua coleção de vinis, procurando canções que entrem nas suas fitas. Além de ele conseguir fazer essas descobertas, ainda tem o grande mérito de trabalha-las como parte fundamental no roteiro. É aqui que se encaixa a música do The Coasters. Sinceramente, nunca tinha ouvido falar deles até assistir a magnífica cena da lap dance de Vanessa Ferlito. Tudo se encaixa muito bem. A dança, as reações de Kurt Russell, os olhares dos espectadores no bar, a ideia que isso só poderia acontecer em um filme B... Só Tarantino poderia inventar uma cena desse tipo, sensual e engraçada ao mesmo tempo.

4- Pulp fiction - tempo de violência (Pulp fiction, 1994)
Chuck Berry - You never can tell



Taí a cena que entrou para o imaginário pop nos anos 1990. A coreografia que até hoje as pessoas repetem quando ouvem Misrilou, do Dick Dale, nas festinhas rock'n roll espalhadas pelo país. A direção que fez John Travolta dançar novamente após quase 15 anos - algo que não era a disco music dos anos 1970, por sinal. Segundo filme diriido por Tarantino, ele colocou a barra lá em cima, fazendo os fãs esperarem que em todos os filmes dele existam cenas que a música seja essencial. Sem Mia Wallace e Vincent Vega participando do concurso do Jack Rabbitt, não existiria a lap dance de À prova de morte. Além disso, muito gente por essas bandas não conheceria gente como Dick Dale, Dusty Springfield e outras pérolas presentes na trilha de Pulp fiction.

5- Watchmen (Watchmen, 2009)
Bob Dylan - The times they are a-changing



Eu poderia abrir uma exceção e colocar a sequencia inicial de créditos de Watchmen em primeiro lugar, largar um pouco a ordem alfabética... Afinal de contas, Zack Snyder ampliou o que já tinha feito em Madrugada dos mortos e chegou a cinco minutos de pura perfeição. Tudo se encaixa. Nesse pequeno tempo, ele consegue contar a história dos primeiros Minutemen, dizer como eles acabaram, fazer ligações para o futuro e contar trechos da biografia de um dos herois nesse curto espaço de tempo. Sem esquecer na música de fundo, que, além de casar perfeitamente com o que filme quer dizer, está lá nas páginas do quadrinho. The times they are a-changing é uma das minhas músicas prediletas de Bob Dylan. Ao ver a cena, fiquei arrepiado. Por mais que Watchmen seja elogiado - pra mim é um filme nota 8 -, repleto de cenas interessantes e muito bem feitas, aponto a sequencia inicial de créditos como a melhor de todas. De novo, tudo se encaixa.