quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

I walk the line, Mr. Cash

A terça-feira passou tão rápido pelo dia movimentado e longo no Congresso que esqueci completamente de registrar isso. Em 26 de fevereiro de 1932 nasceu John R. Cash. Se estivesse vivo, teria completado ontem 81 anos. Durão, brigão, viciado em pílulas, gênio, o cara. Viveu a boa vida, lutou o bom combate um bocado de vezes. Esteve no chão e nas alturas. Experimentou um renascimento que poucos acreditavam.

Teve boa parte de sua vida pautada por um amor que demorou a chegar. Mesmo casado e com filhos, nunca deixou de correr atrás de quem se apaixonou à primeira vista. Já separado, quase no fundo do poço, conseguiu. Casou, teve mais filhos... Virou uma espécie de ídolo para uma nova geração nos anos 1990. Mas, quatro meses depois de sua mulher, June Carter, morrer, ele também se foi. São quase dez anos sem a dupla. :(

Uma das minhas passagens prediletas da autobiografia de Johnny Cash (escrita por Johnny Cash, como diria Rob Gordon) é a seguinte:

I got elected to the Country Music Hall of Fame and the Rock'n'n Roll Hall of fame. I got addicted to pain pills, got treated at the Betty Ford Clinic, recovered, got addicted again, and recovered again. (...) I'm thankful that I have a good wife beside me, that I can trust her and depend on her in a lot of ways. I'm thankful she's a soulmate, that we can talk to each other without even speaking and have an understanding on a lot of things. I'm thankful she loves my children. I'm thankful I don't have rambling in my mind, that I'm not thinking about other women, so long as I keep my heart and mind together.

Aqui, talvez a música que o fez ser conhecido por toda uma nova geração. A mesma geração que foi comprar seus discos da fase American, que foi atrás dos LPs ao vivo em Folsom e San Quentin, as gravações para Sum Records, que se emocionou com Johnny and June, que usou suas letras como inspiração para camisetas e tatuagens...